IMAGEM DO MEU SENTIR: julho 2009

quinta-feira, 30 de julho de 2009

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Tânia Espírito Santo 1980

Hoje coloco a minha primeira foto.

É simples sem qualquer elaboração ou preparação . Foi tirada ao acaso com o único intuito de agarrar o momento para o poder guardar por muito tempo.

Tirei-a numa viagem à Serra da Estrela que fiz com os meus pais. Era Domingo à tarde, estava no banco de trás do carro a ver a paisagem que ficava e de repente apareceu o arco - iris. Tirei a foto com a minha máquinazinha Kodak de rolo, uma reliquia que ainda guardo.

Recordo-me que quando era pequena todos os Domingos ao serão sentia saudades.

Eram saudades tristes e angustiantes.

Eram saudades de perda sem retorno sem que no entanto houvesse algo ou alguém que as desencadeasse.

Era um sentimento muito primário, puro e intenso , eram saudades que se materializavam em sinais fiísicos também pois lembro-me que nessas alturas gostava de ficar sossegada, sem ninguem, só eu e o silencio ... não tinha apetite e o meu coração batia com a mesma intensidade com que as saudades se manifestavam .

Ontem senti o mesmo que já não sentia ha tantos anos.

Igual, exactamente igual : a mesma intensidade, a mesma dor, a nostalgia a mesma vontade de agarrar tudo à minha volta e ao mesmo tempo saber que não sou capaz e ver tudo a fugir ... as mesmas saudades primitivas.

Acho que é por isso que gosto de tirar fotos...para guardar os momentos e sentir menos saudades.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Tânia Espírito Santo 09

Fábrica da Pólvora - Barcarena - Oeiras

Oeiras esta cheio de lugares mágicos ... este é um deles.

ESPIRAL

Tânia Espírito Santo 09

Tantas vezes pomos de lado a pessoa que sempre fomos e acreditamos que temos poderes, que nada nos atinge.

Tantas vezes pensamos que temos conosco uma varinha mágica e basta usa-la para que tudo se resolva.

Tantas vezes construímos fortalezas impenetráveis, mas que nada mais são que simples castelos de areia.

Tantas vezes saímos do nosso caminho e perdemo-nos por encruzilhadas pensando que estamos a percorrer o trajecto certo.

Mas afinal, nada mais somos que simples pessoas vulneráveis, que quando chocamos de frente com a realidade encontramos à nossa volta uma espiral, criada pela invencibilidade que erradamente aceitámos.

Tantas vezes precisamos de voltar e acreditar que nos vamos encontrar a nós mesmos lá em cima .